Este texto pretende fomentar uma reflexão a todos os clínicos que lidam com doentes em fim de vida, nomeadamente sobre as condições proporcionadas pela pandemia COVID-19 (coronavirus disease 2019), que poderão ter influência direta sobre o sofrimento a que estão sujeitos.
O sofrimento foi definido como um estado de desconforto severo, de distress causado por uma ameaça atual ou percebida como iminente para a integridade ou continuidade da existência da pessoa como um todo. Ora o diagnóstico de uma doença incurável é uma ameaça à vida e expõe a fragilidade da existência. O sofrimento engloba cinco dimensões: sofrimento psicológico, o sofrimento físico, o sofrimento existencial, o sofrimento socio-relacional, e as experiências positivas do sofrimento.

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